O maior e melhor navio do mundo; em sua viagem inaugural, carregado com uma carga humana de mais de 2.300 almas, colidiu com um enorme iceberg 965 quilômetros a sudeste de Halifax, às 23h40 do domingo 14 de abril de 1912, afundando duas horas e meia depois, levando consigo mais de 1.600 de seus passageiros e tripulantes.
CAPITÃO E.J. SMITH
Do malfadado gigante dos mares; um bravo e experiente comandante que foi levado à sua morte em seu último e maior navio
O NAUFRÁGIO DO TITANIC E GRANDES DESASTRES DO MAR
Um relato detalhado e preciso sobre o desastre marítimo mais terrível da história, construído a partir de fatos reais obtidos daqueles à bordo que sobreviveram.
Incluindo registros de grandes desastres marítimos anteriores, descrições dos desenvolvimentos de aparelhos de segurança e de salva-vidas, uma declaração clara das causas de tais catástrofes e de como evitá-las, o maravilhoso desenvolvimento da construção naval etc.
Com uma mensagem de consolação espiritual do Reverendo Henry Van Dyke, D.D.
Editado por Logan Marshall, autor de "Life of Theodore Roosevelt" etc.
Ilustrado com numerosas fotografias e desenhos autênticos.
Com uma mensagem de consolação espiritual do Reverendo Henry Van Dyke, D.D.
Editado por Logan Marshall, autor de "Life of Theodore Roosevelt" etc.
Ilustrado com numerosas fotografias e desenhos autênticos.
DEDICATÓRIA
Às 1.635 almas que foram perdidas no malfadado Titanic, e especialmente àqueles homens heroicos que, ao invés de tentar salvar a si mesmos, ficaram de lado para que aquelas mulheres e crianças pudessem ter suas chances; a cada um deles que isso seja escrito, como foi escrito para Alguém maior - "Ele morreu para que outros vivessem".
"Eu fiquei em transe inimaginável, e uma agonia que não pode ser relembrada" - COLERIDGE
CONSOLAÇÃO ESPIRITUAL DO DR. VAN DYKE AOS SOBREVIVENTES DO TITANIC
O Titanic, o maior dos navios, se foi para seu túmulo no oceano. O que ele deixou para trás? Pense claramente.
Ele deixou dívidas. Vastas somas de dinheiro foram perdidas. Algumas delas são cobertas pelo seguro que será pago. O resto se foi. Toda a riqueza é insegura.
Ele deixou lições. O risco de cruzar o curso do norte quando este está ameaçado por icebergs é revelado. A crueldade de mandar um navio ao mar sem botes salva-vidas o suficiente para acomodar todas as pessoas é exibida e sublinhada em preto.
Ele deixou tristezas. Centenas de corações humanos e lares estão em luto pela perda de entes queridos e amigos. A simpatia universal a qual é escrita em todo rosto e ouvida em toda voz prova que o homem é mais do que os animais que perecem. Isto é uma evidência do divino na humanidade. Por que deveríamos nos importar? Não há razão no mundo, a não ser que há algo em nós que é diferente do cal, do carbono e do fósforo, algo que nos faz mortais capazes de sofrer juntos - "Pois temos todos nós um coração humano".
Mas há mais do que esta colheita de dívidas, lições e tristezas na tragédia do naufrágio do Titanic. Há um grande ideal. Isto é claramente colocado diante a mente e o coração do mundo moderno, para aprovar e acompanhar, ou para desprezar e rejeitar.
Isto é, "Mulheres e crianças primeiro!".
O que quer que tenha acontecido naquela terrível noite de Abril entre o gelo ártico, certamente que foi a ordem dada pelo firme e corajoso capitão; certamente que foi a lei obedecida pelos homens a bordo do navio condenado. Mas por quê? Não há nenhuma lei ou decreto de qualquer nação para fazer cumprir essa ordem. Não há nenhum vestígio de tal regra que possa ser encontrado na história de civilizações antigas. Não há nenhuma autoridade para isso entre as raças pagãs hoje. Em um navio chinês, se pudermos acreditar que é o informe de um representante oficial, a regra seria "Homens primeiro, crianças depois e mulheres por último".
Certamente não há argumento contra esta bárbara regra com bases físicas ou materiais. Na média, um homem é mais forte que uma mulher, ele vale mais que uma mulher, ele tem uma expectativa de vida maior que a de uma mulher. Não há nenhuma razão em toda a gama de ciência física e econômica, nenhuma razão em toda a filosofia do Super-Homem, por que ele deveria dar seu lugar em um bote salva-vida a uma mulher?
Da onde, então, essa regra que prevaleceu no naufrágio do Titanic veio? Ela veio de Deus, mediante a fé em Jesus de Nazaré.
É o ideal de sacrifício próprio. É a regra de que "os fortes devem suportar a fraqueza dos que são fracos". É a revelação divina que é resumida nas palavras: "Ninguém tem amor maior do que este, de dar alguém sua vida a seus amigos".
É preciso uma trágica catástrofe como o naufrágio do Titanic para trazer à tona a absoluta contradição entre este ideal e todos os conselhos do materialismo e do oportunismo egoísta.
Eu não digo que a semente deste ideal não possa ser encontrada em outras religiões. Eu não digo que elas são contra isso. Eu não peço que nenhum homem aceite minha teologia (que cresce tão curta e tão simples quanto eu cresço), a não ser que seu coração o conduza a ela. Mas isto eu digo: o ideal de força do forte lhes é dada para proteger e salvar os fracos, o ideal que dá vida a regra de "Mulheres e crianças primeiro", está em harmonia essencial com o espírito de Cristo.
Se o que Ele disse sobre nosso Pai no Céu é verdade, este ideal é extremamente razoável. Caso contrário, é difícil encontrar argumentos para isso. A tragédia dos fatos define a questão claramente diante de nós. Pense sobre isso. Este ideal é para sobreviver e prevalecer em nossa civilização, ou não?
Sem isso, sem dúvida, podemos ter riquezas, poder e domínio. Mas que mundo para se viver!
Somente através da crença de que os fortes são obrigados a proteger e salvar os fracos por que Deus quer assim, podemos ter esperança de manter auto-sacrifício, amor, heroísmo, e todas as coisas que nos faz felizes por viver e não ter medo de morrer.
HENRY VAN DYKE.
PRINCETON, N.J., 18 de Abril de 1912.
Isto é, "Mulheres e crianças primeiro!".
O que quer que tenha acontecido naquela terrível noite de Abril entre o gelo ártico, certamente que foi a ordem dada pelo firme e corajoso capitão; certamente que foi a lei obedecida pelos homens a bordo do navio condenado. Mas por quê? Não há nenhuma lei ou decreto de qualquer nação para fazer cumprir essa ordem. Não há nenhum vestígio de tal regra que possa ser encontrado na história de civilizações antigas. Não há nenhuma autoridade para isso entre as raças pagãs hoje. Em um navio chinês, se pudermos acreditar que é o informe de um representante oficial, a regra seria "Homens primeiro, crianças depois e mulheres por último".
Certamente não há argumento contra esta bárbara regra com bases físicas ou materiais. Na média, um homem é mais forte que uma mulher, ele vale mais que uma mulher, ele tem uma expectativa de vida maior que a de uma mulher. Não há nenhuma razão em toda a gama de ciência física e econômica, nenhuma razão em toda a filosofia do Super-Homem, por que ele deveria dar seu lugar em um bote salva-vida a uma mulher?
Da onde, então, essa regra que prevaleceu no naufrágio do Titanic veio? Ela veio de Deus, mediante a fé em Jesus de Nazaré.
É o ideal de sacrifício próprio. É a regra de que "os fortes devem suportar a fraqueza dos que são fracos". É a revelação divina que é resumida nas palavras: "Ninguém tem amor maior do que este, de dar alguém sua vida a seus amigos".
É preciso uma trágica catástrofe como o naufrágio do Titanic para trazer à tona a absoluta contradição entre este ideal e todos os conselhos do materialismo e do oportunismo egoísta.
Eu não digo que a semente deste ideal não possa ser encontrada em outras religiões. Eu não digo que elas são contra isso. Eu não peço que nenhum homem aceite minha teologia (que cresce tão curta e tão simples quanto eu cresço), a não ser que seu coração o conduza a ela. Mas isto eu digo: o ideal de força do forte lhes é dada para proteger e salvar os fracos, o ideal que dá vida a regra de "Mulheres e crianças primeiro", está em harmonia essencial com o espírito de Cristo.
Se o que Ele disse sobre nosso Pai no Céu é verdade, este ideal é extremamente razoável. Caso contrário, é difícil encontrar argumentos para isso. A tragédia dos fatos define a questão claramente diante de nós. Pense sobre isso. Este ideal é para sobreviver e prevalecer em nossa civilização, ou não?
Sem isso, sem dúvida, podemos ter riquezas, poder e domínio. Mas que mundo para se viver!
Somente através da crença de que os fortes são obrigados a proteger e salvar os fracos por que Deus quer assim, podemos ter esperança de manter auto-sacrifício, amor, heroísmo, e todas as coisas que nos faz felizes por viver e não ter medo de morrer.
HENRY VAN DYKE.
PRINCETON, N.J., 18 de Abril de 1912.
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